20 dezembro 2011

O descaso do poder público para com a Educação

Deixo, aqui, o meu repúdio a atitudes de autoridades políticas que não se interessam pela Educação. Na realidade, para eles, não faz sentido algum ter pessoas qualificadas para produzir conhecimento em sala de aula. E quanto mais pessoas destituídas de entendimento crítico existirem, mais facilidades eles terão para continuar a fazer o que estão fazendo: oprimindo, enriquecendo-se, seduzindo as pessoas marginalizadas com promessas vãs e falácias. Senhores políticos, criem vergonha na cara e parem de usar o poder que têm para o autobenefício. Estou profundamente indignado!

15 novembro 2011

Em busca da sala perfeita... Essa sala existe!?


Paradoxalmente, parece que se existisse essa característica anormal de indivíduos em sala, se (com)portando da melhor maneira, ela, por si só, seria um ambiente tão homogêneo em que não haveria tamanha construção de conhecimento asseverada por níveis. Acredito que os níveis fazem a diferença e nos fazem mover perante o próprio ensino. Quem concorda?!

27 outubro 2011

Um belíssimo texto de Ana Rita, minha orientanda de Estágio

É evidente o quanto experiências anteriores relacionadas à aprendizagem de uma segunda língua podem refletir na bagagem sustentada pelo professor durante sua formação. Esses fatos vivenciados formam a base pensante, sentimental e influem de forma direta no planejamento do mesmo. 

Junto com as experiências estão as crenças criadas e, muitas vezes, mantidas ao longo da formação. Em grande parcela estas crenças, com relação ao ensino de Língua Estrangeira, acabam limitando a atuação do professor e barrando a aprendizagem do aluno. Tais crenças como só se aprende uma Língua Estrangeira se você tiver contato direto com ela, indo para outros países, ou ainda que é preciso frequentar cursinhos particulares.

Partindo da influência que as crenças e experiências do professor em formação exercem, nota-se o quanto isso, além de figurar em sua prática, também contribui para formular sua reflexão em torno de seu papel como educador.

Para exemplificar esse papel reflexivo, também utilizado pelo professor em formação, peguemos como exemplo a atuação de um estagiário. Este tenta trabalhar com uma música em uma de suas aulas, no entanto, apenas identifica a gramática dentro da mesma e deixa de lado o contexto da música. Ao chegar em casa percebe seu grande erro e se sente mal, essa simples percepção é reflexão. A reflexão não irá redimi-lo, mas com certeza contribuirá para que não se cometa novamente tal falha.

Dessa forma, ser um profissional reflexivo é fundamental na obtenção do sucesso, principalmente no que diz respeito ao lado pessoal. Refletir é repensar o que se aprendeu ao longo da formação, e mais ainda, é perceber se na prática existe coerência com essa formação contínua. É preciso rever o modo como se ensina e sempre que necessário, mudá-lo.

18 outubro 2011

A democracia do Ensino



            Fala-se tanto em liberdade... Um dos principais lemas da Revolução Francesa, que trouxe à tona o reconhecimento dos direitos humanos. O que significa esse termo? Ou melhor, qual a verdadeira concepção deste construto para com o ser humano? 
Resgatando algumas ideias existencialistas de Sartre no que se referem à liberdade, bem aos moldes socialistas, verifica-se que cada ser humano tem livre arbítrio para fazer suas próprias escolhas. O fato de decidir é um princípio essencial da liberdade. Todavia, na mesma proporção, existe a responsabilidade. Assim, esses dois opostos que combinam entre si, são fundamentais nas regras de cidadania e democracia tão focadas hoje.
            Em um cunho mais específico, o qual remete à figura do professor e do aluno, a liberdade corresponde ao principio fundamental de acontecer o aprendizado, a formação, o criticismo, o aprimoramento e todas as vertentes que gera o tão proclamado slogan dos “direitos” concedidos em um ambiente escolar. Ela é a garantia de que as realidades vividas por professores e, especialmente, alunos, atinjam, através de experiências, o êxito na formação.
Já que juntamente com “direito – liberdade” caminha a “responsabilidade – dever”, é necessário que ambos agentes, professor e aluno, estejam cumprindo seus verdadeiros papéis e fazendo jus ao lugar que realmente ocupam. Porque são importantes e essenciais no processo de mudança e de transformação. E um complementa o outro, uma vez que o professor tem um papel e o aluno tem outro na ação de ensinar-aprender.  
            Nesse sentido, observa-se que a figura do professor é tão fundamental quanto à figura do aluno. A esse último, cabe buscar os próprios meios para descobrir e ampliar as providências direcionadas por aquele, ao qual pertence a ilustre função de motivar e garantir meios para que o aprendizado ocorra. Diferentemente dos sistemas educacionais antigos, em que o professor ditava as normas e o aluno cumpria calado essas leis, hoje, os dois são partes ativas que devem organizar-se dentro de um ponto comum e difundir a responsabilidade.  
            Não há direito sem responsabilidade, assim como não há dever sem liberdade. Só se pode alegar algo quando se é suficientemente cumpridor de responsabilidades afins às solicitações e reivindicações. Só se pode criticar determinadas reações caso as próprias ações estejam pertinentes ao antagônico daquilo que se condena. Assim vale a toda hierarquia humana.
            Em sala de aula, o importante é estabelecer esses princípios que regem a boa conduta. Inclui nesse aspecto a criatividade no relacionamento. No tocante ao aluno, esse ingrediente de sucesso fará com que o mesmo tenha capacidade de interagir-se, dinamizar e transformar o conteúdo oferecido em estratégias de aprendizado de forma individual e espontânea. Se assim o for, realmente se desprenderá da figura docente, em outras palavras, caminhará com suas próprias pernas.
Tendo a liberdade como autonomia e, consequentemente, a responsabilidade de ser senhor do seu próprio destino, é o que permite o desenvolvimento do que um dia poderemos exercer de forma justa e inteligente, a grifar: a verdadeira autonomia, a verdadeira democracia.  
                    

Uma charge crítica vale mais do que mil palavras!

10 outubro 2011

Um texto que produzi para refletirmos


O SINO TOCA

Hélvio Frank de Oliveira


Talvez escrever seja a maneira mais irônica de externalizar aquilo que dentro de mim insiste em (re)moer com relação a algumas circunstâncias e alguns papeis designados ao professor. Já vou alertando que não se trata de uma fábula, mas de um dramático acontecimento real. Alguns momentos, eu! Alguns momentos, conto!   

Houve-se um tempo, em que o professor era respeitado. Nesse tempo, não havia leis dizendo o que ele deveria (ou não) fazer com aqueles que não lhe prestassem o devido respeito. Ou, pelo menos, nesse tempo, talvez muitos infratores não soubessem sobre as leis com tanta veemência, por uma simples razão: para usá-las a seu bel-prazer e promulgá-las a favor de seus próprios direitos, sem observar que existem, do outro lado da própria moeda, os deveres.

Sobre esse processo de reinvindicação egocêntrico, sabemos que a mídia tem um papel fundamental. Todavia, maior que o poder midiático é a forma de alguns governantes, legisladores, ou quais sejam os autores dessas mirabolantes leis beneficentes, se ocuparem livremente do proceder e transferir, a meu ver, os limites que, antes eram dirigidos ao aluno e, hoje, passaram a ser remetidos ao professor. Agora, é o aluno que toca o sino!

Ficções à parte, conto isso porque durante minhas experiências profissionais em uma escola pública, percebi o quanto o aluno tem sido privilegiado por meio dessas gratificações em prol de torná-lo um cidadão, civilizado. O que também é muito questionável, mas não mereça mais linhas aqui! Essas garantias previstas em uma série de instâncias legais lhe garantem a vida digna escolar: o direito a uma segunda chance sob qualquer circunstância pedagógica. Só para ilustrar, eu posso citar a recuperação paralela!

Diante dessa opressão, enquanto professor, sinto que cada vez mais tenho meus pés e mãos atados para impetrar qualquer decisão, para tocar o sino. Se invisto numa dessas tentativas, ouço diretamente discursos do tipo: “Você vai fazer isso?!” ... “Mas temos que nos lembrar de que o aluno pode recorrer com isso, isso e isso”... E o grau hierárquico de quem, em tom preocupante, me alerta sobre tais possibilidades, sempre pesa em minha balança de decisões, a favor, claro, do aluno. Não gostaria de confusões em relação ao que entendo como limite. Tampouco de uma má concepção sobre o que quero para com os alunos. Eu apenas acredito que o limite é um elemento muito importante e necessário para a vida social representada em sala de aula, entre os muros da escola, tendo em vista as hierarquias. Nesse contexto, sou eu, professor, quem deveria tocar o sino.

Entretanto, há uma lista de legalidades que me impedem de agir. E confesso que estou ficando com medo de atuar! Ao mesmo tempo, questiono se o receio seria uma postura interessante em meio a essas propostas burocráticas de pseudo-democratas e representantes do bem estar social ao emitir papeis (nos sentidos denotativo e conotativo) sobre os deveres de um professor. Se brincar, o professor, além de suas obrigações de praxe, possui muito maior obrigação do que seus pupilos quando o assunto é aprender, ser educado, ser cidadão. Esses estatutos e papeis me enojam quando seus princípios não possuem como balizamento o equilíbrio entre o que é humano, pedagógico e o que não se enquadra dentro dessas categorias. Se esses papeis não fossem tão duros, eu os utilizaria para outro sentido, mas nem para isso eles servem!      

O fato é que o sino toca! Ah, “se toca”! Toca sob forma de alarme e de alarde. E cala a voz de quem tem teria algo mais a dizer. Mas o silêncio, a reflexão não se instaura. Infelizmente, esse alguém também é impedido pelas mãos daqueles que não têm ouvido e, num movimento de palmas, impelem o cessar daquele que ousa agredir tímpanos; outrora pelas mãos daqueles que entendem e sabem que o som emitido balança de alguma forma, em algum sentido. Mas não o impedem!

O sino toca! Entretanto, muitos desses que possuem mãos, certamente, não podem ouvir, pois não têm ouvidos ou não desenvolveram outras habilidades sensoriais e de bom senso. No máximo, possuem uma boca e, como não aprenderam a ouvir por falta daquele membro, não emitem sons inteligíveis, emitem barulhos. No fundo, não há nada dentro deles, a não ser um oco e eco a clamar por algo que os preencha. Retumbante! Definitivamente, eles clamam e é por isso que o sino toca. E toca. Alguns são tocados! Aliás, já é tarde, agora, vou me embora, pois se o sino toca, é hora de encerrar a aula.    

04 outubro 2011

Violência gera violência!?







A violência de ordem física e simbólica está presente em todos os contextos escolares desde o primeiro sinal tocado. Por parte de professor, alunos, pais de alunos, entre outros envolvidos, ela repercute nos espaços midiáticos diariamente e essas cenas servem para o fortalecimento de sua presença constante na hora da chamada. Entretando, o que fazer com essa complexidade se, somada a ela, percebemos que não há limites e parece haver mais direitos que favoreçam a hierarquia docente. O que precisamos, de fato, é assinalar sua ausência por entre os muros da escola.

30 setembro 2011

 
Cada dia mais me convenço da grande tarefa de ser professor: propiciar e garantir meios que permitam com que os alunos tenham interesse em ir para a escola para aprender alguma coisa, quando, na verdade, é possível perceber cada um deles munidos (ou não) de motivações diferenciadas. Depois de saber disso, a grande sacada, agora, seria prover tais meios para que, se não todos, pelos menos boa parcela desses interesses e pupilos, de alguma forma, sejam alcançados. De qualquer forma, não deixa de ser um grande desafio!

12 setembro 2011

Bad Teacher, professora sem classe, e a/s classe/s desse profissional

Hélvio Frank de Oliveira

Gosto das traduções que evidenciam, em sua manifestação de significado, o caráter contextual e cultural para denotar referências de sentidos para algumas palavras. Mais ainda, adoro imaginar a possibilidade de brincar com esses termos por conta de seus inimagináveis efeitos de sentidos propostos por seus múltiplos significados, que, inclusive, podem atravessar fronteiras.  

Assistindo, recentemente, ao filme Bad Teacher, com tradução perfeita para o português brasileiro de “Professora sem classe”, mais do que ver Cameron Diaz protagonizando e recebendo severas críticas dos sábios da sala escura, foram outros holofotes que despertaram minha atenção. Como professor formador de professores, ao sair da sessão pipoca, pensei: vou escrever um texto sobre o tema! Tudo isso, porque imagino que a trama de ser professor na vida real contorna os seguintes ares de ficção: a formação para lidar com as complexidades da sala de aula contemporânea, a aprendizagem de alguns alunos “especiais” e a preocupação do governo com a Educação.

O que se torna real ou concreto, de modo geral, parecem ser classes superlotadas, com a diversidade movimentada por meio de hormônios e a figura do professor em meio a essas cenas. São sobre esses e outros fatos e fatores,  hierarquicamente construídos e constituídos pela sociedade e, por que não dizer pelo próprio sistema de Educação do país, sobre os quais pretendo refletir neste texto.

Elizabeth Halsey, personagem protagonista da trama, abomina sua profissão docente. No entanto, após ter perdido a chance da promissora e rica vida com o fim do noivado, para conseguir dinheiro, ela, agora, decide continuar a carreira de professora. E daí, pergunto realmente: será que para determinadas pessoas tornar-se professor, de modo geral, assim como naquela ficção, tem servido como um “pé de meia”, isto é, um “ganha pão” para muitos lares, ou consiste apenas nos discursos (in)questionáveis que muito ouço nos corredores educacionais?: “para ser professor, é preciso nascer com o dom”, “para ser professor, é preciso amar a profissão, senão desiste, o salário é baixo”.

A parte mais importante desse longa-metragem é o fato de que esses e outros clichés representam fatos reais, histórias únicas contadas. Parece que nunca se ouve o contrário e, por essa razão, tornam-se verdades dogmatizadas! Afinal, quem nunca ouviu um colega, um aluno, um filho, um parente, ou mesmo um conhecido dizer: “fiz tal curso de licenciatura, porque foi minha única opção!”. E aí?  

Lidar com determinados discursos é uma comédia, assim como a categoria do filme, mas, ao mesmo tempo, instigante e provocador, por ouvir estigmas constantes a desvalorizar a figura do professor. Por ignóbil sorte, isso não é ficção! Nesse ponto, considero necessário começarmos a narrar cenas que possam desconstruir aquilo que está implícito nas representações sociais. Não podemos criticar, tal qual os sábios de plantão no cinema o fazem em relação à narrativa do filme, a docência como uma história “constituída por muitos momentos monótonos e pelos clássicos clichés existenciais”. Mesmo sabendo que tais representações insistem em existir.

Em relação às atitudes da professora do filme, em alusão à vida real, muitos são os atores que cooperam para aquele enredo. E maiores são as cenas projetadas e desenvolvidas com base naquilo que aqueles produtores, os que mandam no roteiro, desejam para o filme. Vale lembrar que são eles os principais responsáveis pelas cenas planejadas e por altos salários para, apenas, idealizar como nós atuaremos na trama. Daí, eles poderiam mudar algumas vezes o espetáculo, né?!

Já os alunos daquela escola compõem os mais variados perfis e por que não dizer estereótipos: o gordinho que a própria Elizabeth faz questão de rotular, a bajuladora que lhe leva doces e também, por ser curiosa, flagra a professora sem classe usando droga no carro, o introvertido que não sabe lidar com a sexualidade. Mas a professora... coitada! Não é um bom modelo de professora. Inclusive, não seria uma referência para a musiquinha chata do governo sobre o “bom professor”. Além de custar a juntar seu dinheiro para comprar o que deseja, ela fuma maconha, não gosta dos alunos e tampouco de lecionar (mas está na sala de aula!), rouba e, ainda, sai impune. Pode até ser uma professora gostosa, que, inclusive desperta o tesão, mas é a Cameron Diaz, atriz de Hollywood, não se esqueçam!

De fato, no filme, é possível perceber algumas cenas bastante triviais em se tratando de situações de ensino real (ou ficcional?), de Educação e até mesmo da profissão docente. Ou não? (Acho que já estou me perdendo com a polissemia!). Nesse caso, para aquela personagem que está presente em muitos de nossos contextos, projetar um filme para enrolar a aula torna-se mais prático e parece, realmente, viabilizar aqueles dias de agosto em que o giz e a sequidão cortam a voz já rouca de tanto gritar ou de tanto ser agredida por conta da baixa umidade do ar! Mas, saibam: de modo algum condeno os filmes. Aliás, eles servem para refletir, como estou fazendo aqui!   

No final, sabemos que Elizabeth se deu bem no filme, mesmo não tendo classe. Entretanto, qual seria a verdadeira classe de um professor? Sei que não gosto dessa parte do filme. Amo ser professor e é exatamente por amar essa profissão que preciso problematizar discursos que me definem como coitadinho, como classe C, que eu sei que não sou. Quero acabar com essa parte e, talvez, com essa história!

Em relação a meus alunos, sinceramente, sempre vou preferi-los com classe. Sempre! Entretanto, eu sei que alguns deles, com tantas dificuldades econômicas que possuem, não teriam condições de comprá-la, já que são menos favorecidos. E se me perguntarem qual seria, então, a classe perfeita, a dos meus sonhos? Eu diria uma classe sem superlotação, sem distribuição de classes (gênero, raça, cor, classes sociais), mas aí já volto para a ficção.

E qual seria a moral da história? O roteiro do filme não traz, segundo a crítica cinéfila, porém a história real pode ser mudada processualmente! Vai depender apenas da forma como nós, professores, lidaremos, a partir de agora, com os discursos, com os rótulos imagináveis que nos rondam, com as práticas por nós efetivadas. Nenhum filme termina quando podemos ser os próprios diretores, produtores, autores. Há sempre uma (re)construção e uma nova possibilidade diante da motivação. Vamos lutar pela classe, sempre!  

16 julho 2011

De vez em quando, Jô Soares até que fala algumas coisas que merecem reflexão! O texto abaixo é uma delas: 
 
O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!


Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.

13 julho 2011

Aí está um grande exemplo sobre o recorrente fato de a Pragmática sempre ultrapassar os limites da Gramática e de nossas expectativas enquanto professores. Nossos alunos são seres políticos, pensantes, que nos surpreendem a cada aula! Por isso, não adianta ficar buscando normas (literalmente no papel) quando regras são quebradas social e culturalmente. Não é, políticos? Ops, digo: não é, professores?! 

06 julho 2011

E ainda querem mais políticos...

O curioso é que, para os números do governo, qualidade nunca valeu um 1/3. E, a exemplo de Jaraguá do Sul, cogita-se em aumentar o número de vereadores na bancada. Daí, eu pergunto: alguém sabe para o que, pelo menos, um desses vereadores serve? Acho que já sei a ignóbil resposta: para criar leis autobeneficentes. Só isso! Por isso, vou aderir à campanha de troca de parlamentares e vereadores por professores, tal qual pedem os e-mails e correntes encaminhados a mim. Quem sabe, assim, o ensino passe a ser valorizado! Quem sabe, assim, alguns brasileiros (insensatos) libertam-se da concepção errônea de que "ser famoso" sirva de critério para eleger um leigo, sem planos: um tiririca da vida!      

05 julho 2011

É isso que nós queremos?

Ironicamente, essa charge cria estereótipos sobre o "mau professor" baseado na condição de "mau aluno". Mas será que o salário também faz jus à classe, à dignidade dessa profissão? O "sistema" tem sempre respondido que não!

06 abril 2011

Um dia de angústia... Um dia apenas!

Infelizmente, hoje, o governo tem brincado de educação. Fico tão triste, por exemplo, quando vejo pseudo propostas, leis mirabolantes, dessas que vêm na tentativa de "ajudar" o aluno a se convencer de que realmente cresceu cognitivamente! E isso nem ele mesmo entende a dimensão! São recuperações paralelas, ressignificações, uma parafernalha que nada serve como um dispositivo capaz de acionar a autonomia desses próprios alunos, o que, em outras palavras, compreendemos como conscientização e maturidade para buscar! Nesse mesmo lado, pequenos salários e outros assuntos de salas de professores, que, por ironia do destino, são reais verdades entrando diretamente em conflito com minha motivação de ensinar/aprender! Mais do que isso: minha procura laborosa para tentar "instigar/provocar" meu professor em formação a acreditar nisso! Como disse outra vez para um amigo, parece um paradoxo esse meu contexto de querer proporcionar, como professor formador, o que muitas vezes não consigo despertar em minha própria prática docente da qual teoricamente estou sempre a falar durante aulas de Estágio! Parece, enfim, uma quimera esse desejo meu de exemplificar uma espécie de aprendizagem vicária, em que eu viveria tais experiências para falar exatamente delas com tamanha fluidez, propriedade! Não estou conseguindo!

08 março 2011

Desabafo da vida: Desaba, foda vida!

Foda Vida,
Por que é tão complicada assim!?
Se quero, não posso
Se posso, não quero
Faz a metade de mim viver para os outros
E a outra metade!? Nem sei mais...
Se foi, se vai.

Volta, Filha!
Sei que não está na ponta da língua!
São fricativas labiodentais,
Ficam ativas no meu pensamento,
E nunca se tornam reais.

30 janeiro 2011

A sala de aula, como ambiente microssocial, é uma arena de conflitos sociais, políticos, ideológicos, culturais, históricos etc. Por essa razão, o ensino de línguas deve, em todas as instâncias, ser problematizado. Para isso, é preciso uma reflexão crítica!